ébria no ermo

joguei fora todos os postais que me levavam para onde nunca pude viver. encontrei, em um trilho, uma clareira que me dizia que ali era o lugar de ficar.

silenciosamente, não vão me ouvir. não me ouvirão. só me olvidarão.

o pátio me chamava a atenção ao fim da tarde ensolarada. 16:57 por ali ou mais. do chão ao teto, uma manta de nuvens. tropeçava às vezes, pois brincava de amarelinha, sujando a coberta de nuvens. sempre chegava cambaleando ao céu, feito nemo, feito ninguém, ébria no ermo de lugar nenhum.



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